Na espera

Santa Maria tem apenas uma das 1003 crianças do RS aguardando por adoção

Rádio Gaúcha

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Na contramão da situação do Rio Grande do Sul, Santa Maria tem apenas um integrante na lista de espera por adoção. Em todo o Estado, são 1003 – 6,5 mil no Brasil. No entanto, a quantidade de pessoas aguardando por um filho é desproporcional: são 110 famílias em Santa Maria. No RS, são 5,5 mil, e 35,7 mil no país.

Quem aguarda na lista na Região Central é um menino de cor parda entre 11 e 15 anos, de acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Os adolescentes são os menos desejados e, muitas vezes, acabam passando a vida em abrigos. A situação na região é considerada boa, já que há poucos na fila. Há, também, pelo menos oito crianças que ainda não foram adotadas – mas que já estão em processo de adoção com famílias.

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O número de crianças em abrigos não corresponde ao dos que esperam na lista para adoção. Segundo a juíza Marli Inês Miozzo, da Vara do Juizado Regional da Infância e Juventude, a Justiça tenta de tudo para que a criança ou adolescente viva com a sua família biológica antes de ser adotado. Famílias com histórico de agressão passam por trabalhos com centros de referência e assistência social. Se não for possível ficar com a família biológica, tenta-se outro membro. Em último caso, a criança é encaminhada para adoção.

No entanto, o processo acaba sendo demorado porque os pais podem recorrer da decisão judicial que destitui a criança da família. Como o processo tem que tramitar em mais de uma instância, crianças acabam crescendo em abrigos, à espera de uma família. Quando há compatibilidade, inicia-se um período de convivência, que varia de acordo com a família, como explica o promotor da Infância e da Juventude, Ricardo Lozza:

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¿Inicia-se um estágio de convivência e, em algumas situações, o casal acaba desistindo. Aí, o processo é retardado novamente. Há uma preocupação das pessoas com a demora e a gente reconhece, mas o sistema é criado para que haja regularidade. Se não houver o cumprimento das providências legais, daqui a pouco estaremos permitindo que haja comercialização de crianças. Às vezes, demora um pouquinho, mas precisamos lembrar: a adoção é irreversível¿, aponta.

Quem quiser adotar uma criança ou adolescente deve procurar o Cartório da Infância e da Juventude, que, em Santa Maria, fica junto ao Fórum. A pessoa ou casal preenche um formulário com dados pessoais, dados da criança pretendida, atestados de saúde e antecedentes criminais, entre outros documentos. É criado, então, um processo de habilitação. Os interessados passam por entrevistas e estudos com psicólogos e assistentes sociais. Se houver consentimento do Ministério Público e da Justiça, a pessoa é habilitada e ingressa na fila. A habilitação costuma durar entre seis meses e um ano. Depois, o tempo de espera varia de acordo com o perfil de criança desejado.

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Em Santa Maria , o Juizado atende também Silveira Martins, Itaara e São Martinho da Serra. Há dois abrigos: Lar de Mirian e Aldeias Infantis SOS. Até o dia 25 de maio, um seminário que ocorre no antigo prédio da reitoria da UFSM aborda os diversos pontos de vista da adoção, principalmente psicológicos e jurídicos. O Semin"

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